2020
Fortaleza/CE
Plano Emergencial de Negociação da Ocupação Carlos Marighella
A segunda versão do Plano Emergencial de Negociação (PEN) tem como objetivo apresentar uma proposta de construção de moradias por autogestão para o atendimento da demanda habitacional da Ocupação Carlos Marighella (OCM). O PEN se estrutura em dois pontos centrais. O primeiro busca contextualizar a OCM na problemática habitacional ao abordar três qu
Incidência Política
Plano Popular/Comunitário
Moradia
Assessoria
Nome do território popular
Ocupação Carlos Marighella
Ano da ocupação
2020
Estado
CE
Como a comunidade se identifica
Ocupação Carlos Marighella
Como o estado identifica
Ocupação
Área
Cerca de 6.500m²
História
A Ocupação Carlos Marighella teve início no dia 08 de junho de 2020, quando várias famílias do bairro Mondubim iniciaram a ocupação de um terreno abandonado no final da Rua Coronel Manoel Albano (esquina com Rua Icrian) e começaram a construir barracos de madeira para poder neles morar. Estas famílias tomaram tal atitude pois não se viram mais em condições de seguir pagando aluguel por conta da grave crise econômica que se abateu sobre elas em virtude da pandemia de COVID-19 e da necessidade de medidas de isolamento social e paralisação de atividades econômicas. A Ocupação é formada por cerca de 85 famílias que não contam com outra opção de moradia. O terreno ocupado constituía um vazio urbano, visto que nele não estava estabelecido nenhum tipo de uso residencial, comercial ou misto, não havia construção, cercas ou divisórias, não estando, portanto, destinado a moradia ou a qualquer empreendimento, não preenchendo, assim, o requisito constitucional da propriedade, por falta de atendimento à função social. Há relatos de que outras famílias, por três vezes, já haviam construído barracos nele sem que nenhum proprietário tivesse aparecido para reivindicar sua propriedade. Desta forma, a ocupação se deu sem nenhum obstáculo, uma vez que a gleba não se encontrava murada ou cercada de nenhuma forma. No entanto, desde o seu início, os moradores sofrem com intimidações policiais e de seguranças de empresas privadas contratados pelos supostos proprietários do terreno. Houve duas ocasiões onde sucedeu-se a derrubada de barracos de moradores por tais indivíduos, sem a apresentação de nenhuma ordem judicial.
Caracterização social
- número de famílias
85
- Tamanho predominante das famílias
Sem informação.
- Existem dados sobre as idades?
Sem informação.
- Existem dados sobre gênero?
Sem informação.
- Existem dados sobre raças?
Sem informação.
- Existem dados sobre escolaridade?
Sem informação.
- Existem dados sobre renda?
Sem informação.
- Existem dados sobre Ocupação Laboral?
Sem informação.
- Comente sobre as principais formas de ocupação laboral no território popular
Sem informação. Trabalho informal, contexto da pandemia, perderam renda.
Organização popular
- Existência de liderança
sim
- Tipo de organização
movimento_social
- Formalização da organização
formal
- Ano de formação da organização
2012
- Descrição do perfil da liderança
Coordenação: Unidade Classista, OPA, FOB, Coletivo Ana... Discutido, levado para assembleia, encaminhamentos a partir das assembleias, assembleias quinzenais.
Caracterização Ambiental
- Presença de Área de Proteção Ambiental (APP)
parcial
- Relação com área ambiental
O terreno da Ocupação localiza-se na fronteira da Zona de Preservação Ambiental 01 (ZPA 1) - Faixa de Preservação Permanente dos Recursos Hídricos - do Riacho Martinho, a qual corta o bairro Mondubim de Norte a Sul. Poluição do riacho, ausência de esgotamento,
- Risco ambiental
esgoto_ceu_aberto
- Outras informações sobre risco
Lixo
- Relação com corpos hídricos
sim
- Bioma do território
caatinga
- Bacia hidrográfica e caracterização da topografia
A Ocupação está inserida na bacia hidrográfica do Rio Cocó que tem uma área de aproximadamente 485 km². Topografia não acentuada, relativamente plano, o desnível seguia em direção ao rio.
Caracterização Urbana
- Abastecimento de água
rede_irregular
- Esgotamento sanitário
solucoes_alternativas
- Outras informações sobre esgotamento
Rio
- Pavimentação
sem_pavimentacao
- Existência de beco/viela não carroçável
nao_se_aplica
- Drenagem urbana
sem_drenagem
- Iluminação do espaço público
nao_aplica
- Outras informações sobre iluminação
População organizou
- Energia elétrica domiciliar
rede_irregular_sem_taxas
- Coleta de lixo
nao
- Acesso à transporte público
sim_suficiente
- Acesso às instituições públicas de ensino
sim
- Outras informações sobre as instituições
Há uma Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental localizada cerca de 700m da Ocupação.
- Acesso à serviços públicos de saúde
sim
- Outras informações sobre os serviços
Há um Posto de saúde localizado cerca de 800m do terreno da Ocupação.
Caracterização de Propriedade
- Situação fundiária do território
privada
- Outras informações sobre situação fundiária
A AKasa Participações LTDA entrou com pedido de reintegração de posse do terreno.
- Condição de propriedade do território
ocupado
- Outras informações sobre condição de propriedade
O terreno ocupado constituía um vazio urbano, visto que nele não estava estabelecido nenhum tipo de uso residencial, comercial ou misto, não havia construção, cercas ou divisórias.
Caracterização da Unidade Habitacional
- Material construtivo predominante
madeira
- Outras informações sobre material construtivo
Os barracos da Ocupação eram construídos com madeira.
- Tipo de ocupação predominante
unifamiliar
- Número de pavimentos predominante
terreo
Legislação
- Legislação Urbana incidente ou Projeto Urbano
A Ocupação está inserida na Zona de Requalificação Urbana II (ZRU II), de acordo com o Plano Diretor de Fortaleza 2009. Além disso, localiza-se nas margens da Zona de Preservação Ambiental 01 (ZPA 1) - Faixa de Preservação Permanente dos Recursos Hídricos - do Riacho Martinho.
- Zoneamento especial para fins de moradia social
nao
Acervo gráfico
Demandas Motivadoras
O Plano Emergencial de Negociação (PEN) da Ocupação Carlos Marighella foi construído a partir de uma iniciativa da sociedade civil, através da Taramela Assessoria Técnica em Arquitetura e Cidade, do Coletivo Escalar e de profissionais autônomos que também contribuíram voluntariamente para elaboração do Plano, além dos movimentos e moradores da Ocupação Carlos Marighella (OCM). A autogestão foi consolidada, pelos moradores, como demanda central para a proposição de um plano de intervenção habitacional. Assim, o PEN é uma proposta de negociação direcionada e a ser tratada com o poder público, tanto Estadual como Municipal, reconhecendo seu papel central na efetivação dos direitos sociais. A promoção de ações de produção habitacional por autogestão promovido em parceria entre governo e sociedade civil já foi historicamente utilizada em outros momentos semelhantes ao que passamos agora. Portanto, a concretização deste Plano para a construção das moradias para a Ocupação Carlos Marighella se mostram como uma oportunidade que nasce a partir deste encontro de diversos agentes. É possível que a partir desta experiência se construa um modelo de política pública bem sucedida que possa ser utilizada em futuras demandas que venham a surgir.
Dificuldades e Contradições
Desde o início da Ocupação Carlos Marighella os moradores enfrentam problemas com intimidações policiais e de seguranças de empresas privadas, os quais em duas ocasiões derrubaram barracos de moradores, sem a apresentação de nenhuma ordem judicial. A Ocupação enfrenta diariamente a incerteza sobre sua situação, devido ao processo de adiamento do despejo e com a sucessão de decisões judiciais variadas quanto à desocupação. Uma das principais dificuldades para a elaboração do PEN foi o contexto de pandemia, que dificultou a participação popular Necessidade de desenvolver o plano com prazos curtos, em virtude da urgência dos pedidos de despejo, caracteristica de incidencia politica
Atividades desenvolvidas
- Incidencia política
- Reunião
- Reunião
- Reunião
- Incidencia política
- Reunião
- Reunião
- Produto
- Produto
- Produto
- Produto
- Produto
- Incidencia política
- Reunião
- Reunião
- Incidencia política
- Reunião
- Incidencia política
- Incidencia política
- Incidencia política
Incidencia política
AGO 2021
Início da Ocupação Carlos Marighella
No dia 08 de junho de 2020, várias famílias do bairro Mondubim iniciaram a ocupação de um terreno abandonado no final da Rua Coronel Manoel Albano (esquina com Rua Icrian) e começaram a construir barracos de madeira para poder neles morar. Estas famílias tomaram tal atitude pois não se viram mais em condições de seguir pagando aluguel por conta da grave crise econômica que se abateu sobre elas em virtude da pandemia de COVID-19 e da necessidade de medidas de isolamento social e paralisação de atividades econômicas. A Ocupação é formada por cerca de 85 famílias que não contam com outra opção de moradia.
Resultados
A ocupação se deu sem nenhum obstáculo, uma vez que a gleba não se encontrava murada ou cercada de nenhuma forma. No entanto, desde o seu início, os moradores sofrem com intimidações policiais e de seguranças de empresas privadas contratados pelos supostos proprietários do terreno. Houve duas ocasiões onde sucedeu-se a derrubada de barracos de moradores por tais indivíduos, sem a apresentação de nenhuma ordem judicial.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; Organização Popular (OPA) ; Unidade Classista (UC); Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro; Federação das Organizações Sindicalistas Revolucionárias do Brasil (FOB); União da Juventude Comunista (UJC).
Conteúdo da atividade
Reunião
AGO 2021
Reunião com representantes da Construtora Direcional e da empresa AKASA Participações LTDA
Após os episódios com a polícia, representantes da Akasa Participações LTDA compareceram ao local no dia 08 de agosto de 2020 e ficou acordada a realização de uma reunião de mediação entre os moradores e representantes da empresa no dia 10 de agosto de 2020. Esta reunião aconteceu, como acordado, na segunda-feira, dia 10 de agosto, às 16 horas, na Ocupação Carlos Marighella. Esta reunião aconteceu com a presença dos moradores da Ocupação, e diversos agentes de assessorias, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, os Escritórios de direitos humanos Frei Tito de Alencar e Dom Aloísio Lorscheider e a Taramela Assessoria Técnica, além de outros apoiadores do movimento. Os representantes das empresas envolvidas propuseram a doação de um terreno próximo à área ocupada para os ocupantes, que formariam uma associação para que a doação pudesse ser formalizada. Prometeram ainda apoio para a construção de suas casas no terreno doado. A proposta foi bem recebida pelos ocupantes. Diante da proposta apresentada pelos representantes das empresas, a Ocupação Carlos Marighella propôs que a mediação do conflito e possível celebração do acordo fosse realizada perante a Defensoria Pública do Estado do Ceará, que já tinha conhecimento do conflito fundiário. Todos os presentes concordaram com este encaminhamento.
Resultados
No entanto, os representantes da empresa não entraram em contato para dar seguimento à proposta acordada e, pior, ingressaram com ação de reintegração de posse com pedido de tutela de urgência. A juíza titular da 38a. Vara Cível entendeu que os proprietários não conseguiram caracterizar o exercício de posse anterior e indeferiu o pedido liminar de reintegração de posse. No entanto, logo após o indeferimento da liminar a magistrada entrou de férias, vindo o juiz substituto a reformar sua decisão no primeiro dia útil seguinte, logo após a juntada de fotos de um suposto pedaço de cerca que não passa de um conjunto de tocos irregulares montados pela própria comunidade vizinha e ocupação para estender roupas e para organizar o espaço da ocupação.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa; Escritórios de direitos humanos Frei Tito de Alencar e Dom Aloísio Lorscheider; Taramela Assessoria Técnica.
Conteúdo da atividade
Reunião
AGO 2021
Reunião na sede da HABITAFOR
Ocorreu uma reunião na sede da HABITAFOR com moradores, assessorias técnicas e representantes da instituição no dia 26 de agosto. Os ocupantes recorreram da decisão do juiz substituto e em 01 de setembro o desembargador adiou a data da desocupação voluntária para o dia 18 de setembro. Posteriormente, em 15 de setembro o despejo é novamente adiado para o dia 19 de outubro. Na reunião discutiu-se possíveis alternativas para mitigação do conflito fundiário entre a Ocupação Carlos Marighella e a suposta proprietária do terreno.
Desdobramentos
A partir da reunião foram acordados os seguintes encaminhamentos: A HABITAFOR iria comparecer a audiência de mediação no âmbito do processo de reintegração de posse; Iria entrar em contato com a construtora Direcional a fim de mediar a proposta de doação do terreno, aventada em reunião na comunidade no dia 10 de agosto de 2020; E seria aprofundada a discussão sobre a utilização de vazios urbanos para promover a habitação de interesse social. Desde então, o processo de adiamento do despejo foi se alongando, sucedendo-se decisões judiciais variadas quanto à desocupação. Por conta disso, a ocupação encontrava-se em constante sentimento de medo e incerteza sobre sua situação.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; Escritório Frei Tito de Direitos Humanos; Representantes da OCM, OPA, Unidade Classista, Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal e Taramela; Representantes da HABITAFOR.
Conteúdo da atividade
Reunião
AGO 2021
Ato e primeira reunião na Secretaria das Cidades
Em 16 de setembro ocorreu um ato de resistência e uma reunião na Secretaria das Cidades. Foram convidados para participar moradores e apoiadores da ocupação, então além dos movimentos que acompanhavam a ocupação, participaram outros grupos. O ato teve como demanda a moradia para as pessoas que estavam na ocupação.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; Apoiadoras da Ocupação.
Conteúdo da atividade
Incidencia política
AGO 2021
Atos de resistências
Ocorreu um ato de resistência no Palácio da Abolição no dia 12 de outubro e outro ato na Avenida Benjamin Brasil. Além dos moradores da OCM foram convidados os outros grupos que acompanham a ocupação, e apoiadores. Nesses atos, foram apresentadas a situação da ocupação, a demanda de evitar o despejo e a necessidade de providências de moradias dignas para a população.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; Apoiadoras da Ocupação.
Conteúdo da atividade
Reunião
AGO 2021
Reunião com a Juíza, Governo do Estado e representantes da HABITAFOR
Em 16 de outubro ocorre uma reunião com a Juíza, o Governo do Estado e representantes da HABITAFOR e no dia seguinte a Juíza adia o despejo por mais 45 para em seguida voltar atrás na decisão e decidir manter o despejo para o dia 19 de outubro. Em 19 de outubro o Desembargador adia o despejo por 48 horas para que o poder público apresente uma solução de realocação das famílias.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; Juíza; Representantes do Governo do Estado e da Habitafor.
Conteúdo da atividade
Reunião
AGO 2021
Reunião com o Governo do Estado e representantes da HABITAFOR
Na última reunião ocorrida, até a finalização deste plano, entre os órgãos competentes e os moradores, diante da exigência de resposta por parte do desembargador do caso, o poder público apresentou como solução habitacional para as famílias a concessão de aluguel social e a possibilidade de realocação das famílias para o Conjunto Habitacional Euclides da Cunha, em apartamento recuperados de antigos moradores. Essas alternativas não estão em consonância com as reivindicações dos ocupantes, uma vez que as vagas no referido conjunto não são suficientes para atender a demanda das 85 famílias da ocupação. Além disso, os moradores pautam a importância da realocação acontecer próxima a área de onde ocupam.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; Representantes da HABITAFOR;
Conteúdo da atividade
Produto
AGO 2021
Primeira versão do Plano Emergencial de Negociação
O Plano Emergencial de Negociação (PEN) foi estruturado em duas partes, sendo a primeira relativa ao contexto socioespacial da ocupação, e a segunda a perspectiva de produção habitacional. A partir do diálogo e intervenção dos moradores, foi desenvolvida em sua segunda versão, que conta com aspectos mais detalhados e direcionados ao eixos bases para efetivação desse arranjo. A primeira versão do PEN foi realizada no final de setembro de 2020. Além de partir de demandas e observações dos moradores, ele foi construído pela Taramela e Coletivo Escalar, contando com o apoio de assessorias jurídicas, e movimentos. Ele parte de uma versão que contém o histórico da ocupação até aquele período, e apresenta a possibilidade de arranjos entre diferentes agentes para produção habitacional, já levando em consideração elementos que conformarão os três eixos de viabilidade na segunda versão do PEN.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Taramela; Coletivo Escalar; Assessorias Jurídicas; Movimentos sociais.
Conteúdo da atividade
Produto
AGO 2021
Plano Emergencial de Negociação - Problemática habitacional
O PEN foi realizado através da junção entre o saber técnico e o saber popular. O trabalho se baseia em métodos científicos qualitativos - como a observação participante dos agentes envolvidos no Plano, a análise de estudos bibliográficos e de documentos oficiais como o Plano Local da Habitação de Interesse Social -, e estudo de dados quantitativos - como os dados relativos ao orçamento público, os levantamentos dos vazios urbanos e os cálculos para os modelos de massa. Para apresentação dos fatos e dos resultados foram elaborados e utilizados ainda fotos, mapas, gráficos, tabelas e diagramas. O primeiro ponto central do PEN engloba uma contextualização acerca dos assentamentos precários e políticas habitacionais em Fortaleza, a qual é marcada por uma forte desigualdade social, reproduzida no meio urbano. São apresentadas referências históricas e perspectivas atuais e futuras, como entes federativos, a fim de ressaltar que cabe aos estados e municípios desenharem possibilidades a partir das referências desenvolvidas e dos estudos realizados, e assim, construir uma política habitacional diversa e que converse com a realidade local, para promoção de cidades mais justas. O Plano Local de Habitação de Interesse Social de Fortaleza (PLHIS-FOR), de 2013 é uma das referências utilizadas para discutir a questão habitacional da cidade, além de autores como Amíria Brasil (2013) e Clarissa Freitas e Luis Renato Pequeno (2015). Discorre-se acerca de programas de habitação como o Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) e do atual programa federal em desenvolvimento, Casa Verde Amarela.Em seguida, é apresentado o histórico da OCM desde como ocorreu o início da ocupação, os problemas com as intimidações policiais e com a empresa Akasa Participações LTDA que entrou com o pedido de reintegração de posse, as diversas reuniões com órgãos públicos e as manifestações e atos de resistências organizados pelos ocupantes. O Plano apresenta uma linha do tempo com os acontecimentos mais marcantes da luta da ocupação. Posteriormente, é discutida a autogestão nas políticas habitacionais, a qual levantando em consideração a demanda habitacional, é proposta como uma alternativa de produção de moradias para a Ocupação Carlos Marighella. Dessa forma, nesta parte do PEN é apresentado um pouco da relação e importância da autogestão na produção habitacional, muitas vezes sendo colocada em prática por meio de regimes de mutirão associados com políticas habitacionais. É apontado que a OCM não deseja a autogestão apenas no momento da construção das habitações mas deseja ser alvo e ator principal de uma política autogestionária de produção habitacional junto ao Estado. Além disso, é feita uma breve contextualização sobre os mutirões.
Resultados
Tendo em vista as considerações feitas sobre a autogestão na produção de habitação popular e o histórico do caso da Ocupação Carlos Marighella (OCM), percebe-se o grande potencial que esta comunidade tem para o desenvolvimento de um projeto piloto de construção podendo ser por meio de mutirão, parcialmente remunerado ou remunerado, assim como por meio da contratação de mão-de-obra, qualquer destas alternativas a serem realizadas de forma autogerida. Houve a indicação de uma doação de terreno por parte de um ente privado, e a Ocupação tem o apoio de diversos movimentos e assessorias ligadas ao campo da autogestão e da moradia, além do apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil. Além de tudo isso, o número de famílias que compõem a OCM, 85 (oitenta e cinco), é um número muito bom para o desenvolvimento de um projeto coletivo, e que, pelo tamanho, geralmente não interessa às construtoras.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Taramela Assessoria Técnica; Coletivo Escalar; Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar; Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA/CE).
Conteúdo da atividade
Produto
AGO 2021
Plano Emergencial de Negociação - Viabilidade Espacial
Esta proposta se baseia em uma solução de construção de moradias por autogestão, método que já foi implementado em diversas políticas públicas, destaque para a iniciativa municipal do FUNAPs Comunitário, política municipal desenvolvida pela prefeitura de São Paulo na década de 90 e para as iniciativas das cooperativas de construção por ajuda mútua do Uruguai. As experiências de produção habitacional com autogestão demonstram historicamente terem conseguido melhores resultados na qualidade arquitetônica, urbanística e social no atendimento das demandas habitacionais populares. Esse método se mostra adequado para o caso da Ocupação Carlos Marighella tendo em vista o seu tamanho, de 85 famílias, e pela força de organização que o movimento tem demonstrado.No plano foi analisada a possibilidade de realocação dos moradores da OCM para dois terrenos públicos, considerando os vazios urbanos de acordo com o PLHISFor de 2013 e terrenos vazios apontados pelos próprios moradores. Para isto, foram considerados dois pontos fundamentais que ocasionam na viabilidade espacial deste plano. Primeiramente, foi analisada a questão fundiária, nesta etapa, foram estudadas as diferentes possibilidades de realocação da comunidade para terrenos localizados na proximidade à Ocupação e com extensão suficiente para responder à demanda habitacional da comunidade, seguindo estudo do PHLISFor de 2012 e de vazios apontados pelos moradores da região. Para realização dos estudos foi necessário utilizar a junção entre os levantamentos técnico e popular dos vazios urbanos para atualizar os dados existentes do PLHIS.No segundo ponto, foi realizado um estudo de implantação que visa verificar a viabilidade da realocação da comunidade para os terrenos analisados anteriormente. Para verificar a adequação dos dois terrenos ao atendimento da demanda da OCM adotou-se a metodologia utilizada pelo PLHISFor de cálculo de capacidade a partir diferentes tipologias, uma horizontal e uma vertical. Além disso, criou-se ainda uma tipologia intermediária para melhor adaptação à realidade local da ocupação e da região. O estudo, que leva em consideração implantação, fluidez e número de famílias, exemplifica, por meio de imagens em 3D, a possibilidade de implantação da comunidade em terrenos próximos à onde hoje está localizada a Ocupação. Esta análise fundiária visa compreender e melhor interpretar as territorialidades do entorno da OCM. Dela, importantes medidas foram tomadas quanto às melhores localidades para a possível realocação da Ocupação, assim como também, foram definidos parâmetros guias para determinar a melhor implantação que convém a cada um desses espaços.
Resultados
Por fim, é preciso compreender que esses são estudos de implantação preliminares. Ou seja, ainda não apresentam caráter de projeto definitivo. Para isso, seria preciso compreender melhor o perfil das famílias e elaborar tipologias que supram, da melhor maneira, as necessidades dos moradores. Assim, com o caráter primário de demonstrar a viabilidade dos terrenos, não foram aprofundadas as especificidades do projeto, tendo aqui que aprofundar acerca de outros aspectos técnicos, como os que dizem respeito às taxas de permeabilidade, recuos, vagas de estacionamentos, entre outros. Além, entende-se que seria de suma importância a consideração, também, dos seguintes aspectos: apartamentos com, pelo menos, dois tamanhos (para famílias maiores e menores), apartamentos no térreo adaptados para idosos e pessoas de mobilidade reduzida, mobiliário urbano nos espaços de lazer para crianças, jovens e adultos e a possibilidade de implementação de comércios informais. Reforça-se ainda, a necessidade de investigar mais a fundo as diferentes territorialidades que cercam o entorno da Ocupação Carlos Marighella.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Taramela Assessoria Técnica; Coletivo Escalar; Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar; Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA/CE).
Conteúdo da atividade
Produto
AGO 2021
Plano Emergencial de Negociação - Viabilidade Institucional
A autogestão foi consolidada, pelos moradores, como demanda central para a proposição de um plano de intervenção habitacional. Sendo aqui delimitada como a administração completa e direta de todo o processo pelos próprios moradores. Desde a gestão autônoma dos recursos provenientes dos fundos públicos para o financiamento da produção habitacional, a autogestão do projeto de moradias a ser discutido com os movimentos, com os futuros trabalhadores/usuários e com as assessorias técnicas contratadas, até a autogestão do trabalho de produção em canteiro. As experiências de políticas habitacionais pautadas na autogestão que, apesar de pontuais, demonstram que há uma capacidade administrativa para viabilizá-las, além de uma normativa que a assegura, cabendo apenas ao interesse político sua concretização.Para possibilitar a proposição de uma estrutura administrativa que viabilizasse a intervenção habitacional foi necessária uma avaliação dos desenhos de outras políticas habitacionais autogeridas. Construiu-se uma breve discussão acerca de programas produção habitacional de baixa renda para explicitar a viabilidade de projetos autogestionários no desenho destas políticas. O Plano utilizou exemplos como a organização dos trabalhadores por meio das cooperativas de consumo, no Uruguai no final da década de 1960, o Fundo de Atendimento à População Moradora de Habitação Subnormal (FUNAPS) em São Paulo, na década de 1980, o "Mutirão 50" em Fortaleza e o Residencial Luiz Gonzaga, realizado por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) - Entidades.
Resultados
Dessa forma, é estruturada uma proposta que envolve o poder público, por meio da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), os moradores da ocupação e as assessorias técnicas. Sabe-se que o desenho desta intervenção habitacional exige uma adaptação na estrutura técnica pública, que passará a trabalhar de forma mais articulada às associações de moradia e às assessorias técnicas. Porém, a partir desse esforço inicial, há a previsão de um atendimento futuro mais eficaz às demandas habitacionais existentes na cidade de Fortaleza. A finalidade do programa será, portanto, trabalhar sobre uma realidade concreta, mas vislumbrando como horizonte o nível da política e dos programas municipais habitacionais.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Taramela Assessoria Técnica; Coletivo Escalar; Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar; Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA/CE).
Conteúdo da atividade
Produto
AGO 2021
Plano Emergencial de Negociação - Viabilidade Financeira
Este tópico se propõe a mostrar a viabilidade financeira da proposta trazida pelo PEN. Para isto, primeiramente buscou-se fazer um orçamento preliminar do custo de produção das unidades necessárias para suprir a demanda da OCM. Buscou-se também analisar os orçamentos referentes à habitação tanto da Secretaria das Cidades do Estado do Ceará como da Prefeitura Municipal de Fortaleza, observando a relação do valor previsto para os últimos anos e o valor executado. Para o cálculo de um orçamento preliminar de um empreendimento que supra a demanda da OCM foi utilizado como base a tabela fornecida pela Coordenadoria de Desenvolvimento da Habitação de Interesse Social – CDHIS no site da Secretaria das Cidades.
Resultados
Diante do exposto ao longo deste documento, salienta-se que a elaboração deste Plano Emergencial de Negociação é um passo importante para garantir o direito constitucional à moradia para a Ocupação Carlos Marighella. A construção de uma experiência de produção habitacional por autogestão com apoio dos poderes públicos locais se mostra agora urgente. Diante da crise sanitária e econômica que passamos, a tendência do déficit habitacional é crescer, e o poder público precisa ser capaz de dar resposta a esta demanda em crescimento, principalmente por parte da população de baixa renda. Com este plano mostramos a viabilidade da proposta, desde seus aspectos espaciais, passando pelos arranjos institucionais e até a questão financeira. Resta agora ao poder público demonstrar interesse político na resolução do problema. A promoção de ações de produção habitacional por autogestão promovido em parceria entre governo e sociedade civil já foi historicamente utilizada em outros momentos semelhantes ao que passamos agora. Portanto, a concretização deste Plano para a construção das moradias para a OCM se mostram como uma oportunidade que nasce a partir deste encontro de diversos agentes. É possível que a partir desta experiência se construa um modelo de política pública bem sucedida que possa ser utilizada em futuras demandas que venham a surgir.Por fim, a escolha pela produção habitacional autogerida reforça a importância da gestão democrática por meio da participação popular para a construção de uma política urbana em prol do bem coletivo e do bem-estar dos seus cidadãos, conforme colocado pelas diretrizes do Estatuto da Cidade. Nesse sentido, é fundamental a participação da população diretamente envolvida em todo o processo: desde o planejamento da intervenção até a execução das obras e gestão das moradias pelo coletivo das famílias no pós-ocupação. Apenas através da autonomia comunitária, será possível constituir práticas de produção e gestão do espaço pelos próprios cidadãos de maneira direta e, então, para que possa ser atribuído à sociedade civil o status de planejador da cidade.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Taramela Assessoria Técnica; Coletivo Escalar; Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar; Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA/CE).
Conteúdo da atividade
Incidencia política
AGO 2021
Apresentação do PEN para os moradores
Em 20/10/2020 o PEN foi conversado junto aos moradores, na ocupação, Taramela participou mostrando o documento e mediando as discussões, outros apoiadores também estavam lá, para se somar nesse processo de construção. Nesse momento, foi conversado sobre as possibilidades de produção habitacional, assim como a disponibilidade de recursos a partir das leis orçamentárias do município e estado, e sobre como poderiam ser melhorados diferentes aspectos do PEN, e o que de novo estava sendo trazido para os moradores.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; Taramela; Apoiadores da Ocupação.
Conteúdo da atividade
Reunião
AGO 2021
Apresentação do PEN na HABITAFOR
A apresentação do PEN na Habitafor ocorreu no dia 05/11/2020, já em sua segunda versão, ainda mais detalhada e desenvolvida com as questões construídas pelos moradores. Na reunião foi apresentado o PEN, ficando encaminhadas ações para diversos grupos, como a busca sobre propriedades e usos dos terrenos demarcados, e os estudos de implantação, sendo então marcada uma reunião seguinte, que trouxesse respostas a essas questões. Na reunião, com limitação de pessoas, participaram moradores da OCM, Taramela, OPA, UC, FOB, Escritório de Direitos Humanos Frei Tito de Alencar, apoio do mandato do Deputado Renato Roseno (PSOL), além de representantes da prefeitura, como Habitafor, e do estado, como Secretaria das CIdades.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; Taramela; OPA; UC; FOB; Escritório de Direitos Humanos Frei Tito de Alencar; Apoio do mandato do Deputado Renato Roseno (PSOL); Representantes do Habitafor e da Secretaria das Cidades.
Conteúdo da atividade
Reunião
AGO 2021
Audiência pública na HABITAFOR
Em 23 de novembro de 2020 ocorre mais uma audiência pública na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Habitacional (Habitafor), para buscar uma solução habitacional adequada às famílias da Ocupação Carlos Marighella. Presença de representações da Unidade Classista, Organização Popular - OPA, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, Federação das Organizações Sindicalistas Revolucionárias do Brasil - FOB, Escritório Frei Tito, Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, Taramela Assessoria Técnica e Coletivo Escalar, bem como representantes das famílias. O poder público, entretanto, só enviou representantes da Habitafor e da Secretaria das Cidades, sem nenhuma proposta a apresentar. Insistem no aluguel social, algo que para OCM não é solução adequada e definitiva.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; UC; OPA; Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro; FOB; Escritório Frei Tito; Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa; Taramela; Coletivo Escalar; Representantes da Habitafor e da Secretaria das Cidades.
Conteúdo da atividade
Incidencia política
AGO 2021
Ocupação do PDT
A ocupação da sede do PDT aconteceu no dia 02/12/2020, ela ocorreu prioritariamente pelos moradores da OCM, mas foi somado outros apoiadores, em especial as organizações mais presentes, como OPA, UJC, UC, FOB, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, e Taramela, além disso, chegaram apoios de assessorias jurídicas, como o CAJU, e através da defensoria com Mariana Lobo. Durante esse tempo, a ocupação demandou uma reunião com Roberto Cláudio e com Sarto, ambos do PDT, sendo o primeiro o prefeito na época, e o segundo o prefeito eleito para o ano seguinte. Ela apontava a necessidade de uma solução definitiva de moradia para as famílias, e o compromisso do atual e futuro prefeito com essa questão.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; OPA; UJC; UC; FOB; Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro; Taramela; CAJU; Mariana Lobo.
Conteúdo da atividade
Reunião
AGO 2021
Reunião com Roberto Cláudio e representante do Sarto
No dia seguinte à ocupação da sede do PDT, 03/12/2020, foi realizada uma reunião com o atual prefeito da época, Roberto Cláudio, e o representante do prefeito eleito. Nessa reunião foram reafirmados compromissos de tentar garantir uma moradia digna, assim como Roberto Cláudio se pronunciou e se comprometeu a realizar a doação do terreno, que seria desafetado, a partir das demandas apontadas no PEN, que identificava alguns espaços possíveis. Nisso, ele gravou um vídeo que tornava público esse compromisso, assim como, alguns dias depois foi realizada a desafetação do terreno indicado. Nessa reunião participaram representantes da OCM, OPA, FOB, UC, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, e Taramela, assim como o apoiador Deputado Renato Roseno (PSOL), e outras pessoas do governo.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; OPA; FOB; UC; Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro; Taramela; Deputado Renato Roseno (PSOL);
Conteúdo da atividade
Incidencia política
AGO 2021
Tentativa de reintegração de posse
A última reintegração de posse que a OCM teve de enfrentar nesse antigo terreno aconteceu 11/12/2020, para resistir, os moradores da OCM contaram o apoio de várias pessoas, grupos e organizações, além de alguns mandatos do PT e PSOL, de vereadores e deputados. Desde madrugada a ocupação estava alerta, e, ao final da manhã, a reintegração foi suspensa, depois de uma grande mobilização da sociedade, de movimentos sociais e grupos organizados que estiveram presentes e compartilharam suas indignações nas redes sociais.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; Apoiadores; Mandatos do PT e PSOL, de vereadores e deputados.
Conteúdo da atividade
Incidencia política
AGO 2021
Conquista de terreno público municipal
No dia 16 de dezembro, a Câmara Municipal de Fortaleza aprovou o Projeto de Lei nº 313/2020, que destina um terreno público municipal às 85 famílias da OCM que lutam por moradia digna. O terreno conquistado está localizado nas proximidades do atual terreno ocupado. A lei prevê a construção de Habitação de Interesse Social no terreno em questão. As unidades habitacionais poderão ser construídas pelo Município em parceria com entidades sem fins lucrativos. No entanto, o recurso financeiro para a construção das moradias populares ainda não está definido. (Fonte: instagram: @ocupamarighella)
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM;
Conteúdo da atividade
Incidencia política
AGO 2021
Ocupação de terreno desafetado
Os moradores da OCM passaram para o terreno desafetado pela PMF dia 19/12/2020, além deles, foram convidados os apoiadores para estarem presentes nesse momento. Assim, logo de manhã cedo, os moradores foram ao terreno, plantaram árvores, e iniciaram a limpeza. A partir desse momento, pouco a pouco eles iniciaram a transição dos barracos para o terreno conquistado.
Financiamento
Trabalho Militante
Atores envolvidos
Moradores da OCM; Apoiadores da Ocupação.